quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Ancorensis fecha as portas do ensino



O município de Caminha, numa nota emitida, diz ter tido conhecimento no dia de ontem, 30 de Agosto, do seguinte: « a deliberação da Assembleia Geral da Ancorensis, Cooperativa de Ensino, C.R.L. tomada no dia 29 de Agosto último, de proceder ao despedimento colectivo de todo o pessoal docente e não docente e não arrancar com o ano lectivo 2016/2017».
Recordemos que o assimassim, recentemente, já tinha divulgado esta forte possibilidade.
Devido ao ano escolar estar prestes a iniciar a autarquia caminhense compromete-se em «todos os recursos disponíveis de modo a que todos os alunos do concelho de Caminha possam ter assegurada vaga nas escolas do concelho.
A Câmara Municipal de Caminha diz ter já comunicado ao Ministério da Educação da decisão da cooperativa de ensino de Vila Praia de Âncora.
Na nota referida o município caminhense deixa uma « palavra de solidariedade» para com os funcionários da Ancorensis referindo que « foram colocados numa situação de desemprego». E, ainda, se compromete « a acompanhar a situação de cada trabalhadora e cada trabalhador, com espírito construtivo e em permanente diálogo com todos, incluindo as respectivas estruturas sindicais.
O assimassim sabe que a Ancorensis enviou mensagens via telemóvel para os seus alunos e reencaminhando-os para o site electrónico da cooperativa de ensino e informando do encerramento da mesma, num comunicado dirigido aos encarregados de educação.


PSD de Caminha «lamenta»
A concelhia de Caminha do Partido Social Democrata, ainda, no dia de ontem emitiu uma nota de imprensa onde «lamenta decisão histórica que levou a que mais de 400 crianças ficassem sem escola no início deste ano lectivo».
Esta força política acusa o Governo e o presidente da Câmara Municipal de Caminha, referindo que «o PS no governo, na pessoa do Ministro da Educação Dr. Tiago Brandão Rodrigues e a Câmara Municipal de Caminha representada pelo dr Miguel Alves tomaram todas as decisões sem ouvirem a população de Vila Praia de Âncora, a Junta de Freguesia nem as Associações de Pais». Mas, o dedo é apontado ao líder do município caminhense pois «é o responsável máximo pelo concelho e que deveria ter lutado pela estabilidade e não pelo caos que se instalou»
Os sociais-democratas continuam a considerar que a escola básica não tem condições para receber os alunos da Ancorensis  e afirmam que «mentiram todos os que disseram que havia uma escola pública  a 50 metros com salas disponíveis para receberem os alunos.
«A guerra na educação transformou-se em obsessões políticas de ideologias que não contemplam as idiossincrasias locais tendo terminando na derrota para todos os ancorenses que agora têm de fazer um esforço enorme para enviar os seus filhos para outras escolas, quando tinham uma de qualidade e excelência a 5 minutos de casa», refere a concelhia de Caminha do PSD.

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