O município de Caminha, numa
nota emitida, diz ter tido conhecimento no dia de ontem, 30 de Agosto, do
seguinte: « a deliberação da Assembleia Geral da Ancorensis, Cooperativa de
Ensino, C.R.L. tomada no dia 29 de Agosto último, de proceder ao
despedimento colectivo de todo o pessoal docente e não docente e não arrancar
com o ano lectivo 2016/2017».
Recordemos que o assimassim,
recentemente, já tinha divulgado esta forte possibilidade.
Devido ao ano escolar estar prestes
a iniciar a autarquia caminhense compromete-se em «todos os recursos
disponíveis de modo a que todos os alunos do concelho de Caminha possam
ter assegurada vaga nas escolas do concelho.
A Câmara Municipal de Caminha
diz ter já comunicado ao Ministério da Educação da decisão da cooperativa de
ensino de Vila Praia de Âncora.
Na nota referida o município
caminhense deixa uma « palavra de solidariedade» para com os funcionários da
Ancorensis referindo que « foram colocados numa situação de desemprego». E,
ainda, se compromete « a acompanhar a situação de cada trabalhadora e cada
trabalhador, com espírito construtivo e em permanente diálogo
com todos, incluindo as respectivas estruturas sindicais.
O assimassim sabe que a
Ancorensis enviou mensagens via telemóvel para os seus alunos e
reencaminhando-os para o site electrónico da cooperativa de ensino e informando
do encerramento da mesma, num comunicado dirigido aos encarregados de educação.
PSD de Caminha «lamenta»
A concelhia de Caminha do
Partido Social Democrata, ainda, no dia de ontem emitiu uma nota de imprensa
onde «lamenta decisão histórica que
levou a que mais de 400 crianças ficassem sem escola no início deste ano
lectivo».
Esta força política acusa o
Governo e o presidente da Câmara Municipal de Caminha, referindo que «o PS no
governo, na pessoa do Ministro da Educação Dr. Tiago Brandão Rodrigues e a
Câmara Municipal de Caminha representada pelo dr Miguel Alves tomaram todas as
decisões sem ouvirem a população de Vila Praia de Âncora, a Junta de Freguesia
nem as Associações de Pais». Mas, o dedo é apontado ao líder do município
caminhense pois «é o responsável máximo pelo concelho e que deveria ter lutado
pela estabilidade e não pelo caos que se instalou»
Os sociais-democratas
continuam a considerar que a escola básica não tem condições para receber os
alunos da Ancorensis e afirmam que «mentiram
todos os que disseram que havia uma escola pública a 50 metros com salas disponíveis para
receberem os alunos.
«A guerra na educação
transformou-se em obsessões políticas de ideologias que não contemplam as
idiossincrasias locais tendo terminando na derrota para todos os ancorenses que
agora têm de fazer um esforço enorme para enviar os seus filhos para outras
escolas, quando tinham uma de qualidade e excelência a 5 minutos de casa»,
refere a concelhia de Caminha do PSD.
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