A força social-democrata, no final da passada semana, vinculou uma nota de imprensa sob o título: «Onde andam agora as televisões nacionais?» e acrescentam que lutaram para que a Ancorensis «continuasse a prestar o ensino de qualidade na freguesia de Vila Praia de Âncora, com todas as condições para receber os alunos do Vale do Âncora e arredores.
Apontam o dedo ao Governo e ao presidente da Câmara Municipal de Caminha como os responsáveis pelo fecho do estabelecimento de ensino e por considerarem que « os filhos de Vila Praia de Âncora não mereciam ter, assim, duas escolas que se complementavam e prestavam um ensino de excelência. Quis a vontade socialista e a obsessão ideológica que a nacionalização forçasse o encerramento de um dos estabelecimentos de ensino e desta forma se verificasse o desnorte nesta matéria. O presidente da Câmara considerou que a escola básica, que apesar de ter um excelente corpo docente e não docente, que tudo têm feito para minimizar os impactos da sua decisão e da decisão do governo apoiado pela geringonça, tinha condições para receber todos alunos oriundos da Ancorensis».
Por outro lado, referem que a actual «EBS não foi pensada estruturalmente para tantos alunos e para níveis de ensino tão diferenciados, e só um presidente da Câmara obcecado com o partido e um Ministro que não quer saber de Vila Praia de Âncora para nada é que poderiam ter achado esta medida excelente».
Um retrocesso na qualidade infraestrutural da oferta de ensino», segundo o PSD de Caminha. Nota que o município caminhense refuta peremptoriamente, pois é «evolução, não é um retrocesso. Só o preconceito contra o ensino público pode levar a considerar uma nova escola como um retrocesso.
Por sua vez, o líder do executivo caminhense, Miguel Alves, considera que o « PSD tem uma estratégia e tem uma forma de estar: dizer mal, se possível, enxovalhar. Esta critica permanente à qualidade da escola pública em Vila Praia de Âncora não beneficia ninguém e acaba por ser negativo para a vila e para o concelho. Relembra, também, quem «decidiu encerrar a Ancorensis foi a direcção da Ancorensis. Foi uma das duas escolas que fechou em todo o país, nenhuma mais fechou. Em finais de Julho tínhamos a garantia de que a escola iria continuar e a 15 dias do arranque do ano lectivo a comunidade foi surpreendida com a comunicação de encerramento colocada no facebook da escola. Em 15 dias também, tivemos que resolver o problema de colocação de quase 200 alunos e resolvemos. Em 15 dias, com um grande trabalho do Agrupamento e um esforço de coordenação com o Ministério da Educação que fez obras em velocidade recorde no estabelecimento. A escola cumpre, por isso, a lei em vigor quanto ao número de alunos por turma, não acredito que seja de outra forma.
«Problemas com a alimentação»
O PSD de Caminha assegura que actualmente na escola básica de Vila Praia de Âncora existem problemas graves com a alimentação, chegando ao conhecimento de todos que a comida não chega para todas as crianças, e que na cantina têm que constantemente recorrer a planos B. Destacam que na referida escola o refeitório « não tem condições para receber tantos alunos e torna-se ensurdecedor comer tranquilamente naquele local».
A oposição política de Caminha ainda se refere que «não estão asseguradas, por exemplo, condições para que alunos em aulas consigam estar concentrados durante o decorrer das mesmas, porque no exterior existe constantemente muito barulho fruto de necessário desfasamento de horários para que crianças de 6 anos não tenham de conviver directamente com alunos de 16, 17 e 18 anos , devido ao facto de aquela escola não ter sido pensada estruturalmente para isso.
Entretanto, a Câmara Municipal de Caminha diz não ter conhecimento de tais situações e que «até à data, nenhuma comunicação nesse sentido e a Câmara não tem conhecimento da existência de problemas de falta de alimentação na Escola Básica e Secundária de Vila Praia de Âncora a não ser através do que se disse estes dias na comunicação social depois do comunicado do PSD. No entanto, não deixa de recordar que existe «um responsável directo pela alimentação, há um responsável pela comida ter que chegar a todos os alunos, há um responsável pelo funcionamento regular da cantina e esse responsável é o seu coordenador, de seu nome Flamiano Martins, que por acaso, mas só por acaso, é vereador do PSD na Câmara Municipal de Caminha. Ele ou o Agrupamento nunca transmitiram à Câmara Municipal que existe ou existiu um problema com a alimentação . Se não foi informada por incompetência ou desleixo do Coordenador da escola, é grave. Se não foi informada para montar uma campanha politiqueira contra a Câmara, que não tem nada a ver com a situação, então é muito mais grave.
Mas, o PSD sinaliza também a «falta de funcionários suficientes para tantos alunos e até acerca dos célebres laboratórios, que deveriam permitir dotar os alunos com as bases necessárias para o futuro, as queixas se fazem sentir.
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