Continuam, ainda, presentes algumas interrogações quanto ao
encerramento inesperado da Ancorensis – cooperativa de ensino de Vila Praia de Âncora.
Esta semana os trabalhadores apresentaram uma moção de
censura contra o encerramento da escola.
A reivindicação do pessoal não docente vai se fazer ouvir
numa manifestação no próximo dia 13, 3ª feira, em frente ao edifício da Ancorensis
, mostrando o seu «repúdio total falta
de respeito e consideração com que foram tratados«.»Estes trabalhadores não
entendem o porquê de alteração de postura da direcção, isto quando no passado
dia 26 Julho que foi anunciada a continuação da actividade. Para além disso,
estes trabalhadores já mandataram os
representantes sindicais para solicitar com carácter de urgência uma reunião
com o ministro da Educação a fim de que este exija responsabilidades acerca do
contracto vigente.
Mas, a direcção decidiu para esse mesmo dia agendar uma
reunião com todos os trabalhadores.
Por sua vez, a União de Sindicatos de Viana do Castelo e o Sindicato
dos Trabalhadores de Comércio reuniu com a direcção da Ancorensis a 28 de Julho
e foi-lhes comunicado que a «escola continuaria a funcionar com 11 turmas, mas
que seria necessário proceder á redução do pessoal, estando a Ancorensis a
prever o despedimento de 14 professores e 10 trabalhadores não docentes.»Aliás,
nesse mesmo dia a Ancorensis emitia um comunicado aos pais e encarregados de
educação garantindo que o ano lectivo iria iniciar normalmente.
O referido sindicato afirma estar em «choque»com o
comunicado de encerramento desta cooperativa emitido a 30 de agosto e onde
afirmavam «não ter dinheiro para pagar as indemnizações aos trabalhadores.»«o
que nos choca, uma vez que não temos como impedir o despedimento colectivo. E a
forma como estes trabalhadores foram tratados. Tiveram conhecimento do
despedimento colectivo através das redes sociais. Posteriormente, foi enviado a
alguns trabalhadores um e-mail com a cópia do comunicado aos pais, mas
retirando o último parágrafo do mesmo onde referem que lamentam os transtornos
causados. Ora esta atitude representa uma total falta de respeito e
consideração por estes trabalhadores que nos últimos 20 anos deram o seu melhor
pela instituição.»
A direcção da ancorensis também referiu que não tem dívidas
á excepção das despesas correntes de funcionamento. No entanto, referiram que
que vão tentar um per-plano especial de revitalização. Mas, o sindicato afirmou
ao assimassim esta ser uma decisão «deveras incongruente« uma vez que «este
tipo de programas se destina a revitalizar empresas que atravessem dificuldades
financeiras.»
Segundo é avançado o património da ancorensis está avaliado
no valor de 2.4 milhões de euros, prevendo os trabalhadores lutar pelos seus
direitos e justa compensação pedindo a insolvência se tal for necessário.
Segundo nos informou o sindicato os trabalhadores já
receberam a comunicação da intenção de despedimento que «está a ser tratada
pelo departamento jurídico da união de sindicatos», confirmou Ludovina Sousa,
coordenadora da União de Sindicatos de
Viana do Castelo.
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