sábado, 3 de setembro de 2016

Indignação no encerramento da Ancorensis



Indignação e incompreensão foram palavras que o assimassim ouviu de alguns encarregados de educação que tinham os seus educandos inscritos na Ancorensis. Revolta, também, por a decisão chegar a poucos dias do início do novo ano lectivo.
E os alunos? Estes além da tristeza por mudarem de escola e perderem alguns contactos de colegas, também se sentem desorientados por esta decisão. Alguns Revelaram ao assimassim que no período de férias existiram constantes mensagens trocadas entre eles no sentido de soluções previstas quanto ao novo período escolar e nada apontava para o encerramento da cooperativa de ensino de Vila Praia de Âncora.
Recordemos que o assimassim já no mês de Agosto avançava que seriam feitos despedimentos e que uma decisão final iria chegar no mês de Setembro. Mas, no dia 26 de Julho a direcção da Ancorensis afirmava que existiam « condições fundamentais para que o ano lectivo decorra entre os dias 9 e 15/Setembro de 2016», desmentindo assim os rumores que na altura davam como certo o encerramento. Por outro lado, e numa nota de comunicação dirigida aos encarregados de educação, salientavam ter já assinado com o Ministério da Educação um contracto de associação para as turmas do 9º e do 12º ano e apontavam para breve quanto ao 8º e 11º ano.
No seu comunicado a Ancorensis afirma que o encerramento se deve a não ter direito a abrir novas turmas com contrato de associação ou seja, financiadas pelo Estado. Por outro lado, adianta sentir-se « abandonada pelo Ministério da Educação indiferente à adoção das medidas adequadas que salvaguardem os interesses de todos os envolvidos, designadamente dos docentes e trabalhadores cujos postos de trabalho se perderão para sempre e que não prescindirão da correspetiva compensação, mas sobretudo dos alunos e seus progenitores.

No respeitante a compensações devidas pelo despedimento a solução, também, é clarificada no comunicado da Ancorensis, « não dispõe de verbas para acomodar o pagamento das indemnizações.

Acusações e manifestações
A Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora, acusou o ministro da educação, Tiago Brandão, direcção-geral dos estabelecimentos escolares do Norte e a Câmara Municipal de Caminha pelo encerramento da Ancorensis. . Lamentando, também, que os principais protagonistas deste processo «Não foram consultados nem participaram nas decisões».
Esta autarquia local assinala os constrangimentos que este encerramento acarretará afirmando que a « deslocação de centenas de jovens alunos provocará enormes constrangimentos e dificuldades aos próprios e as suas famílias e terá impactos negativos na nossa vila, desertificando-a e piorando o cenário já debilitado da economia local».. Acrescentando, ainda, que «teremos um aumento de dezenas de desempregados que implicará a deteriorização do nosso tecido social e económico e ao aumento da emigração».
Por outro lado, a rede social do facebook, também, foi meio utilizado para mostrar o desagrado no encerramento da Ancorensis.
« é-me indiferente razão e conclusão, é-me indiferente cor ou sigla, esquerda ou direita, é-me indiferente discursos maquilhados, palhaços que me façam rir e ilusionistas que me façam pasmar ... Só sei que vi a obra nascer, crescer com alegria e dinamismo, prestar bom serviço á comunidade ... e a comunidade, e a nossa terra, e as nossas freguesias, as famílias, agradecidas ...», podia-se ler.
Mas, existem os defensores da escola pública e contra o procedimento da Ancorensis, «lamentável a atitude da Ancorensis, pois abandonou todos os seus alunos e funcionários. Não nos podemos esquecer que o estado iria continuar a contribuir com, aproximadamente, 900 mil euros para que os alunos concluíssem o seu ciclo de estudos. Mais indecente e triste, uma escola que se presa pela proximidade e o conceito de família deixar filhos (alunos) órfãos de escola.
A Ancorensis foi a única escola com contracto de associação que tomou a decisão de fechar....

Sem comentários:

Enviar um comentário

É tempo de descanso! …

O Agosto chegou e com ele o esperado descanso! … Sim, porque também nós precisamos de descansar, mas sempre atentos ao que passa no nosso co...