sexta-feira, 5 de maio de 2017

Forte da Lagarteira, a história do desacordo




Recentemente, a autarquia caminhense assinou um protocolo com a Autoridade Marítima Nacional que permite a fruição pela população e turismo do Forte da Lagarteira, em Vila Praia de Âncora.

O significado deste forte que se encontra em pleno portinho da freguesia ancorense foi destacado por Miguel Alves, líder da autarquia local, como sendo um «sinal de afirmação do que somos enquanto território e país, mas também como algo que faz parte da cultura e das gentes de Vila Praia de Âncora.

Este imóvel esteve até agora «fechado e sem qualquer utilização» sendo agora devolvido à população e ao turismo.

Está previsto que o Forte da Lagarteira abra no próximo dia 1 de Junho e com uma exposição que conta a sua história e as circunstâncias em que foi construído.

A nota discordante


Diz o ditado: «não há bela sem senão …». E a Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora fez saber em nota de imprensa o seu descontentamento quanto como todo este processo se desenrolou e como foi conduzido pela câmara. «Traição a Vila Praia de Âncora» foi como a junta apelidou ao recente protocolo.

Neste comunicado é referido que o «Executivo de Freguesia encetou negociações propondo ao Ministério da Defesa, através do Comandante do Porto de Caminha, a execução de acordo de comodato para cedência deste equipamento histórico e cultural à nossa Freguesia». Por outro lado, acusam o presidente da Câmara Municipal de Caminha de uma «ânsia de protagonismo que não se coaduna com o cargo que exerce, ultrapassou tudo e todos, excluindo a Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora dum protocolo que lhe foi oferecido de bandeja.

Neste comunicado assinado por Carlos Castro, presidente da junta, é mencionado que se pretendia elaborar um protocolo de «faz-de-conta com a Junta de Freguesia que mais não é que resumir a escrito as condições de cedência temporária rigorosamente igual a qualquer outra entidade ou instituição».

«Uma vez que o Forte da Lagarteira se situa na nossa zona geográfica, que fomos os promotores do acordo, e que este deve estar ao serviço dos Ancorenses para a realização de diversos eventos culturais e recreativos, consideramos que a Junta de Freguesia de Vila Praia de Âncora deveria ser parte integrante do protocolo, em conjunto com o Ministério da Defesa e o Município de Caminha», salienta-se na referida nota.

O assimassim contactou com o município caminhense com vista a esclarecer este assunto, mas até fecho da nossa edição não recebemos nada …

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