sexta-feira, 3 de fevereiro de 2017

Dívidas actuais ou passadas?

O executivo caminhense aprovou, em recente reunião camarária, um empréstimo a curto prazo no valor de 250 mil euros. Segundo é referido este irá servir para «à liquidação de acordos de pagamento relativos a dívidas antigas, que transitaram do anterior mandato, onde se inclui uma sentença judicial transitada em julgado em 2012 e um acordo com os proprietários de uma quinta.
A actual situação financeira da Câmara Municipal de Caminha «obriga a mais este esforço», referindo Miguel Alves, presidente da autarquia, de «chocante” o voto contra dos vereadores do PSD, quando estão em causa problemas do passado, absolutamente alheios a este Executivo». Nos dois casos, o custo total para os cofres do Município ascende aproximadamente a 850 mil euros.
Por outro lado, o município caminhense nega que existam dificuldades de tesouraria.
Refira-se que está em causa a Quinta da Barrosa, em Vila Praia de Âncora, e um edifício arrendado na Travessa do Tribunal, em Caminha. Em ambos os casos o autarca Miguel Alves afirma ter conseguido negociar com os credores o pagamento em prestações.
A primeira tranche já foi paga aos proprietários da Quinta da Barrosa e a segunda parcela através deste empréstimo será também paga.
O executivo recorda, ainda, que «o anterior Executivo tinha-se comprometido a entregar três apartamentos de tipologia dois, até 31 de Dezembro de 2013, o que nunca aconteceu.
Ainda, na reunião de câmara o autarca local salientou que «os três executivos anteriores, em 12 anos, contraíram empréstimos no valor de 13 milhões e 730 mil euros (incluindo seis empréstimos de curto prazo), dos quais apenas cerca de 4,3 milhões se destinaram a obras. Do montante total, ficaram por pagar oito milhões de euros, dos quais este Executivo já liquidou 2 milhões e 270 mil euros.


Chocante apelida o PSD
Em nota de imprensa a concelhia do PSD referiu que o actual executivo «não sabe dar prioridade à estabilização das contas e se concentra em festas e show off». Por outro lado, afirmam que este empréstimo serve para «ocorrer a dificuldades de tesouraria».
Entre as críticas da oposição está o recente protocolo estabelecido com a Fundação Serralves no valor de 100 mil euros, e, ainda que o executivo « gasta fortunas em publicidade e telas gigantes, que gasta cerca de 200 mil euros em assessorias de comunicação e imagem, que paga milhares de euros mensalmente só para jornais de forma a passar a sua mensagem, e depois tenha de recorrer a empréstimos para fazer face a dificuldades de tesouraria.
A oposição volta a referir que a Câmara Municipal de Caminha recebe a factura da água dos munícipes, mas «não paga à empresa da água». Por outro lado, acusam também este executivo de receber as rendas das lojas e as mensalidades dos utentes das piscinas, mas também «não as paga. Acrescentam, também que «este executivo colocou a Câmara Municipal de Caminha na lista dos piores pagadores do distrito, estando agora fora dos limites da lei nos 123 dias. Os resultados negativos deste executivo ascendem a 1,5 milhões de euros «por via de orçamentos mal calculados e terem gasto mais do que previam receber», outra das acusações dos sociais-democratas.
O assimassim confrontou o actual presidente do município caminhense sobre estas acusações, mas até ao final desta edição não recebemos qualquer tipo de resposta.

Sem comentários:

Enviar um comentário

É tempo de descanso! …

O Agosto chegou e com ele o esperado descanso! … Sim, porque também nós precisamos de descansar, mas sempre atentos ao que passa no nosso co...