O plano e orçamento da Câmara Municipal de Caminha para o próximo ano já foi aprovado, mas com a oposição a votar contra.
As leituras são divergentes, por um lado, o Partido Social Democrata considera que o documento «mantém a tónica de apoiar fortemente a cultura em detrimento do apoio às famílias, educação e acção social. E, por outro lado, o executivo caminhense afirma que o mesmo é «amigo das famílias, das empresas, das instituições e do futuro».
O executivo socialista que lidera a Câmara Municipal de Caminha considera o próximo ano como «eleitoral, manteve-se a exigência e o rigor, e rejeitou-se o que foram as velhas práticas do Município de Caminha, que apelavam, nestas alturas, a um documento expansionista, prometedor de tudo a todos, um orçamento gordo, um documento doente com ar saudável». E, ainda, afirmam que plano e orçamento apresentados é «a previsão de despesa mais baixa dos últimos quatro anos eleitorais anteriores», frisou Miguel Alves, líder do município.
Concretamente, no campo da despesa e receita o autarca é peremptório, pois salienta que «a previsão de despesa aumenta 5,3% relativamente ao último ano, mas essa previsão justifica-se tendo em conta a previsão de aumento de receita, sustentada no incremento das transferências de Estado , de acordo com a proposta de Orçamento de Estado para 2017 e no reforço do financiamento através de fundos comunitários.
Para Miguel Alves, este é um orçamento “amigo das famílias, porque mantém em baixa a carga fiscal, porque apoia as pessoas com políticas educativas activas e políticas económicas geradores de emprego. Amigo das empresas, porque investe mais, criando novas oportunidades para as empresas, sejam elas do ramos da construção civil ou reabilitação urbana, sejam as que estão ligadas à promoção do turismo através da aposta na hotelaria, restauração ou eventos. Amigo das instituições porque incrementa os apoios às instituições sem fins lucrativos e articula actividades com o associativismo cultural, desportivo e social. Amigo do futuro porque não hipoteca as novas gerações, mantém um nível de contenção e responsabilidade elevado e investe de forma virtuosa na Educação, no Ambiente e na economia».
«Orçamento prevê, em ano eleitoral, um aumento de um milhão de euros»
Como referimos os vereadores da oposição insurgiram-se contra o Orçamento para 2017, concluindo que o mesmo «não passa de um manifesto eleitoral do Partido Socialista sem acrescentar nada de novo ao que foi feito em anos anteriores.
Esta força política recorda a «exploração» do actual executivo nos anos de 2014 e 2015, referindo que este apresentou «prejuízos de 1,8 milhões e 1,4 milhões».
Para o PSD tanto o plano como o orçamento não tem uma «linguagem decente, fundamentalmente informativa das linhas mestras de um projecto credível de investimento para o concelho e com uma estratégia de futuro».
Apontam o dedo e acusam o actual executivo de ao longo destes 3 anos ter «desprezado as famílias, as instituições, as empresas locais e as freguesias durante três anos de mandato, com orçamentos brutais para a cultura em detrimento de quem mais precisa e de apoios específicos e estratégicos que visassem a sustentabilidade futura das instituições, empresas e freguesias e não apoios pontuais ao sabor da vontade partidária. Exemplificam assinalando que a limpeza urbana vê reduzida em 100 mil euros e «tem reflectido no concelho em menos limpeza, atingindo níveis caóticos em determinadas situações».
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