sábado, 1 de abril de 2017

Um sorriso basta para ser feliz! ... - entrevista com Maria Bentes



Por vezes, ouvimos: «esta juventude não tem valores nem princípios». Mas, há excepções?
O assimassim encontrou uma delas … Maria Bentes, é uma jovem, com 18 anos, em que a descoberta e o voluntariado estão bem assentes no seu ADN.
Uma verdadeira «apaixonada pela vida», levaram-na a viajar durante 21 dias em interail. Uma aventura que a absorveu imenso e lhe proporcionou momentos inesquecíveis. Mas, ainda há mais … Maria Bentes, neste momento, está em Moçambique a fazer um voluntariado com o objectivo de auxiliar a comunidade.
Com uma simplicidade algo invejável, esta jovem contou-nos a sua aventura, provando que é jovem e os seus valores estão bem definidos.

Assimassim – O que a motivou a fazer um interail?
Maria Bentes - Quando completei 17 anos, os meus pais ofereceram-me um passe interail, mas ainda não tinha tido oportunidade de partir à descoberta. Foi então, que no final do ano passado, decidi que queria fazer uma pausa nos meus estudos. Entrei em Ciências da Comunicação,  na Universidade de Lisboa, fiz o 1º semestre , que correu muito bem e congelei a matrícula. Em Fevereiro.
consegui arrumar tudo na minha  "backpack" e apanhar o primeiro combóio.

- AA - Concretamente, por onde passou?
MB - O meu primeiro comboio partiu de Badajoz. Depois, Madrid, Barcelona, Bordéus, Marselha, Basileia, Zermatt, ColónIa-Amesterdão-Groninga-Bruxelas-Paris-Irún-Lisboa.

AA - Qual cultura a cativou mais?
MB - Adorei a Holanda, talvez pela curiosidade que já tinha pelo país  e sido a minha primeira vez a pisar os Países Baixos.
Na Holanda, estive mais tempo, que me permitiu visitar de norte a sul o país. Para mim,Groninga(Groningen) foi uma das cidades que mais cativou.
AA - Se tivessemos que fazer uma comparação com Portugal que pontos destacaria?
MB - Na Holanda consegui sentir as diferenças entre os países do sul da Europa, como Portugal, e os países nórdicos, através dos estilos de vida ou gastronomia.
AA - Aconselhava outros jovens a fazer o mesmo?
MB - Sim, sem dúvida alguma que aconselharia qualquer um de vós a fazê-lo.

AA - Como pessoa que a modificou este interrail?
MB - Talvez por ter ido sozinha, tenha vivido tudo de uma maneira diferente. E, ainda bem pois Indo sozinha, aprendes a dar muito mais valor ao "bom dia" da senhora do supermercado, aprendes a controlar as tuas emoções, aprendes a reagir perante o perigo. Por isso, mais que uma experiência única foi também uma aprendizagem constante sobre mim e sobre o mundo.

AA - Por outro lado, é uma jovem com um olhar atento sobre a solidariedade. Sei, também que neste momento está a fazer um voluntariado . Onde e porquê?
MB - É verdade, Neste momento, estou em Moçambique, em voluntariado. Vim para cá durante 3 meses para ajudar na educação e desenvolvimento da comunidade. neste caso em Inharrime, Moçambique. Eu prefiro perguntar "Porque não ao invés de "Porquê?".
AA - Em que a está a ajudar a si este voluntariado?
MB - Estou aqui há duas semanas. Vim sozinha e não tenho ligação a Moçambique, mas a verdade é que nunca me senti tão bem num sítio. Nesta "terra de boa gente, como dizia o Vasco da Gama, sou muito feliz e sinto-me em casa aqui.
o trágico parece tornar-se mágico.

AA - Estas suas experiências divulga? Onde?
MB - Antes de partir para estas duas grandes viagens, criei uma página no facebook e Instagram: «Vou comigo». Lá partilho algumas histórias e fotografias sempre que me é possível.

AA - E qual o seu objectivo?
MB - O meu objetivo? Acho que é ser feliz e partilhar essa felicidade.>> >
 AA - Que mais projectos estão em carteira?
MB - Gosto de acreditar que tudo vai acontecendo. No que depender de mim, projectos não faltarão, porque através deles sinto-me sempre mais viva.
Por agora, é viver ao máximo Moçambique e guardar tudo o que esta terra tem para me dar.
Obrigada pelo convite, Isabel, foi um prazer estar à conversa consigo.



2 comentários:

  1. Gostei muito desta entrevista, pois mostra que há jovens com talento, coragem e espírito de entreajuda.
    Digo isto não por Maria ser minha neta, mas porque é a realidade.

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  2. Que menina maravilhosa numa família maravilhosa, estou com uma lágrima no canto do olho. São jovens como a Maria que me fazem acreditar que a juventude não está perdida. Bjs

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