Os atletas sabem o que representa remar no Sporting Clube Caminhense e esse espírito corre-lhes nas veias.
Ana Rita Silva, jovem moledense, é um exemplo a seguir e que promete no futuro grandes conquistas. A «velocidade, a competição e o espirito que se fazia sentir na pista», foram suficientes para conquistar esta jovem para a modalidade. Com trabalho e dedicação fez com que já conquistasse alguns títulos, mas tal não a impede de continuar a trabalhar e querer aperfeiçoar a sua remada e sempre naquele clube que considera a sua família, o SCC.
Em entrevista conhecemos melhor Ana Rita Silva uma das promessas do Sporting Clube Caminhense.
AA - Actualmente, o que representa o Sporting Clube Caminhense na tua vida?
Ana Rita Silva – Neste momento o Sporting Club Caminhense é como uma segunda casa para mim, e aqueles que me acompanham (atletas, treinadores, direcção,…) são como uma família.
Passo lá muitas horas da minha vida e um dia em que não dê um passo para dentro daquele portão sinto um vazio enorme dentro de mim.
AA – É o clube em que gostas de remar e porquê?
ARS – É sem dúvida o clube em que gosto de remar.
Um clube com tradição, com membros da minha família que também fizeram parte dele. Foi no SCC que dei as minhas primeiras remadas e nele que tenho vindo a evoluir até os dias de hoje. O clube fez-me crescer, não só a evolução física mas também como pessoa, ensinou-me a ver as coisas de outra forma e a continuar a lutar por aquilo em que acredito, mesmo quando pareça impossível.
AA – Que tem o SCC que outros não tem?
ARS – A raça, o espirito de sofrimento que cada um possui e que contagia os que se encontram à sua volta. A vontade, o esforço que cada um faz por si próprio e pelos que o rodeiam. A capacidade de sentir, vibrar com as regatas de todos os atletas desde os benjamins aos veteranos. Festejar as vitorias com quem as obteve e ajudar a levantar quem não as alcançou.
AA – Actualmente, estás no escalão de juniores. Em que embarcação?
ARS – Neste momento, faço o double scull junior. Sou a voga e a proa desta embarcação é a Raquel Simões, com a qual já não remava há dois anos por ser mais nova que eu um ano, é alguém em quem confio quer no seu trabalho e sua dedicação e vamos continuar a “picar-nos” até alcançarmos os nossos objectivos para esta época.
AA – Que títulos já contas?
ARS – Regatas internacionais como a Litocar, Queima das Fitas em Coimbra, campeonatos nacionais de velocidade no escalão de infantil e iniciada em double scull (1º lugar em ambos), Regata organizada pelo SCC das festas de Santa Rita na qual obtive (duas pratas e um ouro). Como junior já participei em regatas como a Head of the Douro em quadri scull absoluto, na qual obtive o 1º lugar, a regata Aerobic Monsters em Gondomar em skiff absoluto, 1º lugar, Taça Presidente da Republica em quadri scull absoluto, que decorreu também em caminha, com um 3º lugar, regata Miño Internacional em quadri scull absoluto, com 2º lugar, regata de Natal em quadri absoluto também, e mais recentemente o Campeonato Nacional de Fundo em Melres no qual obtive um 3º lugar em double scull junior.
AA – E qual foi o que mais te marcou?
ARS – Talvez a Head of the Douro, com a distância de 6000m. Lembro-me de todo o percurso, da sensação, a tripulação em que eram todas mais velhas que eu e com muita mais experiência, sentir o andamento do barco e ganhar uma regata como aquela foi algo que me marcou e ensinou muito sobre regatas de fundo com barcos longos.
AA – Existem , ainda, alguns preconceitos quanto a uma mulher que pratique remo?
ARS – Alguns mitos, ainda. Mais no sentido estético porque dizem que as mulheres que praticam remo ficam com os ombros muito largos, que é um desporto muito duro tanto física como psicologicamente, e claro.. os calos! Cada vez que mostro as mãos não há uma pessoa que não fique chocada, mas é algo que me faz rir, e sinceramente até gosto deles, já não sei o que é ter mãos sem eles.
AA – É fácil conciliar os estudos com a prática do remo?
AA – Nunca tive muitos problemas em conciliar ambos, basta haver um bocadinho de organização. Treinar mais cedo para ir estudar na altura dos testes por exemplo, mas não é nada que me cause muitos problemas.
AA – Que projectos tens actualmente como atleta?
ARS – O Campeonato Nacional de Velocidade é sempre o objectivo de final de época, mas para alem disso ser capaz de evoluir tecnicamente e trabalhar de forma aprofundada a minha remada. Desde que comecei que tenho vindo a melhorar cada vez mais, mas há sempre pequenos pormenores que podem ser afinados para aperfeiçoar mais o gesto e tirar partido dele.
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É natural de Moledo, licenciada em Treino, na Escola Superior de Desporto de Rio Maior, e sempre pautou a sua vida pelo desporto. Sempre ...
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